Crença supersticiosa no sobrenatural já ultrapassa a fé em Deus

Crença no sobrenatural já é mais comum que “fé em Deus”

O lançamento do seriado Believe (foto), que conta a história de uma menina com poderes paranormais, foi acompanhado por uma campanha de marketing diferenciada na Inglaterra. Juntamente com o material promovendo a produção americana, foi divulgada uma pesquisa bastante controversa. O ponto central é: acreditar no sobrenatural é o mesmo que ter fé em Deus? Mais da metade dos entrevistados afirmou que dão crédito ao sobrenatural (ou superstição), enquanto apenas 49% diz acreditar em Deus

O fenômeno parece não ser exclusivo entre os britânicos. A pesquisa indica que a maioria das pessoas é mais propensa a ter fé no sobrenatural do que no Deus da Bíblia. Da mesma forma, mais pessoas acreditam que têm poderes extraordinários, como um sexto sentido, do que as que vão regularmente à igreja. Realizado pelo Instituto One Poll, o estudo entrevistou 2.000 adultos. Foram feitas perguntas sobre suas crenças de maneira geral. O resultado surpreendeu a muitos.

55% dizem que é possível ter fé no sobrenatural, e isso não inclui o Deus cristão;
33% considera-se supersticioso, evitando fazer ou dizer coisas que possam trazer “má sorte”, embora não saibam dizer por que;
29% acreditam que podem ver o futuro de alguma forma,
23% afirma ser capaz de usar a força da mente;
10% defende que os serem humanos têm poderes sobrenaturais.

Práticas como consultar o tarô ou procurar médiuns são amplamente aceitas como uma maneira de exercer a espiritualidade. É curioso o fato de a maioria dizer que “sabe” dessas coisas por que aprenderam sobre isso na TV, em filmes ou com celebridades. Uma grande fatia da programação nos últimos anos é dedicada a seriados que retratam vampiros, lobisomens, bruxas, e seres sobrenaturais em geral.

Eles possuem um público cativo e programas como True Blood e Supernatural alcançaram um sucesso expressivo entre os adolescentes. O mesmo vale para sucessos da literatura como Harry Potter e Crepúsculo, que ajudaram a criar um geração de autores dedicados a temas que envolvem temas espirituais inseridos no cotidiano moderno. Os números podem ser restritos aos ingleses, mas refletem o que ocorre numa Europa cada vez mais “pós-cristã”. Ao mesmo tempo que apenas 8% dos seus habitantes afirma ir regularmente à igreja, a religião que mais cresce no continente europeu é o islamismo.

Os índices decrescentes da fé em Deus não os impede de reafirmar sua fé de outras maneiras, ou seja, vale a máxima “o importante é crer”. O Dr. Giles Fraser, teólogo anglicano, afirmou ao jornal Daily Mail que acha “divertido” ver que aqueles que rejeitam com mais fervor a religião cristã muitas vezes são os seguidores mais ávidos de superstições. “É certamente mais fácil acreditar nisso do que… pensar que darão contas a um Deus”.

Fonte: GP

A “virada quântica” rumo ao paganismo

O Oeste americano é um ímã para pessoas superdotadas – profissionais que, por um motivo ou por outro, escolhem residir em regiões selvagens. Embora eu não tenha as estatísticas, em 1991 parecia que nossa cidadezinha tinha mais do que os melhores, especialmente musicistas bem treinados. E eles generosamente compartilhavam seu talento em uma ampla variedade de locais para os eventos, inclusive um curso de órgão de tubos que dava aos jovens aprendizes de teclado a oportunidade de tocar instrumentos em igrejas por toda a comunidade.

Quando minha esposa e nosso filhinho voltaram de uma aula, eu estava preparado para ouvir uma extensa explicação sobre o esplendor do órgão de tubos. Em vez disso, ouvi uma descrição de um pôster da igreja no qual estava escrito: “Ame Sua Mãe” e que trazia uma pintura da “Deusa Gaia” segurando o mundo.

Não sei quantas pessoas entendiam a mensagem subjacente nesse pôster naquela época, mas hoje os cristãos estão acordando e percebendo que o ministério de certas igrejas foi seqüestrado por um movimento vocal que promove o paganismo.

Fazendo a corte à “Mãe Natureza”

Definir o paganismo moderno é como tentar fixar gelatina na parede. Os pagãos descrevem seu ponto de vista como sendo pragmático, autoconfiante, experiencial, sempre em desenvolvimento, tolerante e de mente aberta. Contudo, eles possuem determinados princípios centrais, os quais o escritor Carl McColman definiu vagamente com o acrósticoPeople Adoring Goddess And Nature [a forma em inglês para Pessoas Adorando a Deus e a Natureza].[1]

O termo pagão significa literalmente “habitante do campo” e se originou quando o cristianismo se tornou a religião oficial do Estado depois da conversão de Constantino, imperador romano, no século IV. Enquanto os centros culturais daquela época eram “cristãos” ao estilo da moda, as áreas rurais retiveram suas práticas religiosas politeístas e animistas; e se tornaram um sinônimo para a palavra “pagão”.

A imagem estereotipada que a maioria dos cristãos tem do paganismo não é sempre precisa. O paganismo vê a realidade como um todo unificado e totalmente inclusivo; e a “deusa” é essencial em seu sistema de crenças. Os pagãos vêem a natureza como tendo a polaridade da energia: escuro e claro, ativo e passivo, macho e fêmea. Como explicou um praticante: “Como vemos a natureza como sendo o divino, também vemos nossa força divina como tendo dois aspectos – masculino e feminino – Deus e Deusa”.[2] Às vezes explicado como yinyang, deus e deusa representam os opostos polares complementares de um todo unificado.

O monismo descreve essa visão de mundo, na qual toda a matéria finalmente emerge de ou se reduz a uma mesma substância ou princípio de ser.[3] O dualismo, por outro lado, descreve a visão de mundo judaico-cristã, que reconhece Deus como distinto de Sua criação. Merlin Stone, autor de When God was a Woman [Quando Deus era Mulher], explicou: “A Deusa se localiza dentro de cada indivíduo e todas as coisas da natureza”. O Deus judaico-cristão, entretanto, é transcendente.[4]

Os pagãos vêem a terra como sendo um organismo vivo que respira e que é a fonte de toda a vida. A Deusa Gaia, às vezes mencionada como a Mãe Terra ou a Mãe Natureza, é sempre retratada com o círculo da terra como seu útero porque ela é considerada responsável por trazer toda a vida à existência. Como os pagãos veneram a Terra, eles vêem o tempo gasto ao ar livre como um tempo de comunhão com a deusa.

Se você acha que essas informações não têm relevância, pense novamente. Uma visão monística do cosmos está causando impacto na igreja professa através das preocupações ambientais. James Parks Norton, famoso e influente clérigo da cidade de Nova Iorque, um ávido ambientalista, declarou: “Estamos cada vez mais sendo desafiados a entender que o corpo de Cristo é a terra – a biosfera – a pele que inclui todos nós”. E Richard Austin, ex-pastor da Igreja Presbiteriana USA (PCUSA), que dirigiu a conferência EarthCare ’96[Cuidados com a Terra ’96], declarou: “Cristo é totalmente Deus e totalmente Terra. (…) Ele veio para salvar o mundo. (…) Ouço a Bíblia nos chamando a nos redimir da destruição da Criação”.[5]

Prevendo “A Virada”

Grupos da Nova Espiritualidade (anteriormente denominada Nova Era) prevêem o que chamam de “A Virada”, um salto quântico na consciência planetária em 2012, que resultará em um planeta unificado, funcionando em perfeita harmonia. Infelizmente, muitos líderes cristãos populares visualizam a mesma coisa.

Do lado secular, José Aguelles, instigador da iniciativa de paz “Convergência Harmônica” em 1987, escreveu: “É hora de todos os que estão dispostos a abraçar incondicionalmente o novo nos tornarmos atores do mesmo mito. (…) Tudo o que precisamos é um evento global unificado – um todo artístico – que nos una e nos sincronize na afirmação de nossos mais elevados sonhos”.[6] A Virada, disse ele, “estabelecerá o palco para uma seqüência em nossa evolução como algo distinto no ciclo da história, assim como o surgimento da vida urbana foi distinto da vida nas cavernas”.[7]

A participação nesta suposta virada quântica requer que toda a humanidade esteja espiritualmente no mesmo nível, e a chave para esse alinhamento é o conceito de “mito”. As diversas crenças dentro do paganismo são transmitidas através dos mitos em vez de declarações doutrinárias. Os pagãos usam uma abordagem narrativa que ensina através do contar histórias. Não é necessário crer nas histórias como verdades literais, mas apenas como uma apresentação metafórica da verdade subjetiva. Se os “mitos” das religiões do mundo puderem ser sincronizados, o mito universal unirá todas as religiões em uma só.

Pintura da “Deusa Gaia” segurando o mundo.

É interessante que os líderes cristãos populares também prevêem uma mudança radical no cristianismo professo, afirmando que a fé exige um tempo de “transição, um repensar, re-imaginar e re-visualisar”. Uma organização denominada Deep Shift [Virada Profunda] afirma proporcionar “apoio à medida que os líderes passarem por suas transições pessoais e guiarem suas organizações através da transição e da transformação necessárias para engajarem seu povo no trabalho para o bem do mundo em nossa cultura atual”.[8]

Michael Dowd, ministro ordenado da Igreja de Cristo Unida e autor de Thank God for the Evolution [Graças a Deus Pela Evolução], declarou: “Estamos às portas do maior reavivamento espiritual da história. (…) É bastante possível que a mudança de nosso próprio paradigma – de ver a natureza como um artefato, para ver a Natureza [sic] como a principal revelação da divindade (e inseparável da divindade) – prevaleça sobre o curso de décadas em vez do curso de séculos”.[9]

Na verdade, Dowd e outros como ele sugerem colocar um “brilho evolucionista” sobre aspectos do livro de Gênesis para “universalizar aquela história, fazendo-a significativa e instrutiva não apenas para os Povos do Livro, mas também para povos de outras tradições religiosas e de nenhuma tradição religiosa”.[10]

Cunhando um novo termo para substituir mito, Brian McLaren, o famoso líder eclesiástico emergente, afirma em seu livro Everything Must Change [Tudo Tem Que Mudar], que a “história que estrutura” o cristianismo precisa desesperadamente de uma revisão radical.[11] Caindo no erro do conto pós-moderno de que a verdade é dinâmica e está em constante mudança a fim de permanecer relevante, esses líderes vêem a doutrina como desnecessária. Um outro líder cristão declarou: “Desejamos crescimento e aprendizagem, não dogmas e doutrinas”.[12] McLaren afirmou:

Sem pedir quaisquer desculpas a Martinho Lutero, a João Calvino, ou ao evangelicalismo moderno, Jesus (em Lucas 16.19) não prescreve o inferno para aqueles que se recusarem a aceitar a mensagem da justificação pela graça através da fé. (…) Pelo contrário, o inferno – literal ou figurado – é para os ricos e fartos, que prosseguem em seu caminho sem se preocuparem com o necessitado em seu dia a dia.[13]

Para essas pessoas, desconstruir a doutrina bíblica da salvação usando uma passagem isolada do texto não é algo incomum. De acordo com McLaren: “A essência da mensagem deJesus enfocava a transformação pessoal, social e global nesta vida”, e aparentemente tem pouco a ver com a salvação mediante a fé na oferta pessoal de Cristo como o único sacrifício que Deus aceitará pelo pecado.[14] É chocante, mas um outro escritor cristão declarou: “A fixação da igreja na morte de Jesus como o ato salvífico universal tem que acabar, e o lugar da cruz deve ser re-imaginado na fé cristã. Por quê? Por causa do culto ao sofrimento e do Deus vingativo por detrás dele”.[15]

Usando um entendimento dúbio e uma linguagem deliberadamente vaga, muitos advogam uma forma escondida de pluralismo que é típica do paganismo. Refletindo essa atitude estão as pessoas que se referem ao cristianismo como “seguir a Deus à maneira de Jesus”.[16] A mensagem sutil é que todas as religiões levam as pessoas a Deus; o cristianismo, por acaso, é apenas a “maneira de Jesus”. Eles explicam:

O evangelismo ou a missão para mim já não tem mais nada a ver com persuadir as pessoas a crerem naquilo que eu creio, não importa quão impaciente ou criativo eu seja. Tem mais a ver com experiências e encontros compartilhados. Tem a ver com caminhar a jornada da vida e da fé juntos, cada um distinto em suas próprias tradição e cultura, mas com a possibilidade de encontrarem a Deus e a verdade uns dos outros.[17]

Um outro confessa: “Para mim, o início do compartilhar de minha fé com as pessoas começou quando joguei fora o cristianismo e abracei a espiritualidade cristã, um sistema misterioso não-político que pode ser experimentado mas não explicado”.[18] Compartilhar uma fé que você não pode explicar parece um paradoxo; mas a idéia certamente se encaixa na filosofa de que o individualismo, a experiência e o pluralismo definem os princípios das crenças de uma pessoa.

A mensagem sutil, cuidadosamente colocada em palavras, é que as pessoas podem chegar a Deus de qualquer forma que desejarem. Citando Michael Dowd: “Se você está, de coração, comprometido a crescer em profunda integridade e a não ter ressentimentos, nem culpa, nem vergonha, nem arrependimentos, nem negócios não terminados, você está salvo, seja qual for sua religião ou sua filosofia”.[19]

Embora o movimento atual em direção ao paganismo dentro do cristianismo professo tenha emergido por meio das principais denominações, há vozes dentro desses grupos que reconhecem as implicações. Sylvia Dooling, da PCUSA, admoestou que essas crenças estão crescendo como uma tendência atual nas principais denominações.[20] Diane L. Knippers, ex-presidente do Instituto de Religião e Democracia, lamentou: “O movimento permanece influente nas principais denominações como sendo a vanguarda da teologia feminista, a tendência mais proeminente nos campi dos seminários atualmente”.[21]

Elas, e outros como elas, entendem que, se a igreja professa permite que a visão de mundo pagã “re-imagine” os elementos centrais do cristianismo, isso certamente significará uma mudança não apenas para a igreja, mas também para o mundo. (Charles E. McCracken –Israel My Glory – http://www.chamada.com.br)

Notas:

  1. Carl McColman, The Complete Idiot’s Guide to Paganism [O Guia do Completo Idiota ao Paganismo] (New York, NY: Penguin, 2002), 6.
  2. “Paganism as a Belief System” [O Paganismo como um Sistema de Crenças],Harmonious Living [O Viver Harmônico], 28 de novembro de 2006, harmoniousliving.co.za/Spirituality/Beliefs/Paganism-as-a-Belief-System.
  3. “Monism” [Monismo], thefreedictionary.com/monism.
  4. Richard N. Ostling, Michael P. Harris, Elizabeth L’Hommedieu, “When God was a Woman” [Quando Deus era Mulher], Time, 6 de maio de 1991, time.com/time/magazine/article/0,9171,972894-2,00.html.
  5. Dave Hunt, “The Greening of the Cross”, The Berean Call, 30 de junho de 1997, thebereancall.org/node/5820.
  6. José A. Arguelles, “Welcome to the New Time” [Bem-vindo ao Novo Tempo], lawoftime.org/home.html.
  7. José A. Arguelles, “Planetary Whole System Design Science: A Contribution to WorldShift 2012”, lawoftime.org/planetarywholesystem.html.
  8. “We Are in Deep Shift” [Estamos em uma Virada Profunda], deepshift.org/site.
  9. Michael Dowd, Thank God for Evolution [Graças a Deus Pela Evolução] (New York, NY: Penguin, 2007), 128.
  10. Ibid., 166.
  11. Brian McLaren, Everything Must Change [Tudo Tem que Mudar] (Nashville, TN: Thomas Nelson, 2007), 66-68.
  12. John O’Keefe, “Church 3.0, the Upgrade” [Igreja 3.0, a A Atualização], nextwave.org/nov01/church30.html.
  13. McLaren, 208.
  14. Ibid., 22.
  15. Alan Jones, Reimagining Christianity [Re-imaginando o Cristianismo], citado em Don Boys, “Emergent Church Leaders Are Modern Gnostics!” [Os Líderes da Igreja Emergente São Gnósticos Modernos!], cstnews.com/bm/issues-facing-christians-today-common-sense-for-today/falling-standards-and-seeker-sensitive-churches/emergent-church-leaders-are-modern-gnostics.shtml.
  16. McLaren, 12.
  17. Eddie Gibbs e Ryan K. Bolger, Emerging Churches: Creating Christian Community in Postmodern Cultures [Igrejas Emergentes: Criando a Comunidade Cristã em Culturas Pós-Modernas] (Grand Rapids, MI: Baker Academic, 2005), 131.
  18. Donald Miller, Blue Like Jazz (Como os pinguins me ajudaram a entender Deus) (Nashville, TN: Thomas Nelson, 2003), 115.
  19. Dowd, 197.
  20. Christopher Lensch, “‘Re-Imagining’ Review: Radical Feminism in Sheep’s Clothing” [Resenha de ‘Re-Imaginando’: Feminismo Radical em Pele de Cordeiro], WRS (Western Reformed Seminary) Journal [Periódico do Seminário Reformado do Oeste] (1), nº 1, (2003) wrs.edu/Materials–for–Web–Site/Journals/10-1%20Feb-2003/Lensch%20-%20Re-imagining%20Update.pdf.
  21. Citado em Lensch.

Fonte: Chamada da Meia-Noite

Neopaganismo e cultura pop – Parte 1 (VÍDEOS)

Cartaz de uma palestra recente do Pr. Mark Driscoll sobre paganismo e a cultura pop.

Na história recente, temos visto um enorme aumento do espiritualismo que, em muitos aspectos, constitui-se no renascimento de práticas ocultistas e esotéricas do passado do Homem. Tais práticas têm inundado a chamada cultura pop dos séculos XX e XXI, trazendo consigo uma enxurrada de novas e antigas formas de manifestações espiritualistas, todas, porém, com um sinistro elo que as une: uma filosofia religiosa que é intrinsecamente oposto aos valores do Cristianismo. Nas décadas de 80 e 90 do século passado, muitos estudiosos dedicaram-se a denunciar os principais ícones da cultura pop, da contra-cultura, na literatura, cinema e na música que, desde as décadas de 50 e 60 ganhavam espaço no meio midiático internacional num movimento que ganhou o nome de Nova Era, isto porque, segundo astrólogos e ocultistas, o mundo estava prestes a passar uma “transformação de consciência universal, ao sair da Era de Peixes – marcada pelo Cristianismo e que durava há pouco mais de 2.000 anos -, para uma nova era, chamada Era de Aquário, a qual seria marcada pelo abandono das práticas cristãs e pelo ressurgimento de religiões pagãs e neopgãs”. Este período pelo qual estamos passando é, precisamente, o momento de transição, segundo estes ocultistas, entre as Eras de Peixes e de Aquário, e é por isso que tem-se visto o ressurgimento do paganismo, chamado neopaganismo, com uma tremenda influência na cultura pop de um modo geral.

Para se ter uma ideia, vejamos um dos principais musicais da Broadway, “Hair”, que inclusive virou filme. Este musical é de 1967, o período áureo da chamada contra-cultura norte-americana e europeia. A profanação de valores embutida no musical, sua descrição do uso de drogas ilegais, tratamento da sexualidade, irreverência pela bandeira nacional e cenas de nu explícito, causaram enorme controvérsia. Ele trouxe o mundo dos musicais a novos parâmetros, criando o “rock-musical”, usando a integração racial para compor o elenco e convidando a platéia a interagir com o espetáculo, subindo ao palco na cena final. Hair conta a história da “Tribo”, um grupo de hippies cabeludos politicamente ativos da ‘Era de Aquário‘, que levam uma vida boêmia em Nova York e lutam contra o alistamento militar para oVietnã. ‘Claude’, seu bom amigo ‘Berger’, sua amiga ‘Sheila’ e outros amigos hippies, tentam equilibrar suas jovens vidas, amores e sexo livre com a rebelião pessoal contra seus pais e a sociedade conservadora norte-americana. Em última análise, ‘Claude’ precisa decidir entre rasgar seu cartão de alistamento como seus amigos fizeram ou sucumbir à pressão de seus parentes (e da América conservadora) e servir no Vietnã, comprometendo seus princípios pacifistas e arriscando sua vida.

Música principal da peça, chamada Aqurius. aqui, vista no filme “Hair”, de 1979,

O neopaganismo, como fenômeno religioso, ascende nas décadas de 80 e 90, com a explosão de vários cultos, desde seitas hindus às mais recentes, que cultuam extraterrestres e divindades cósmicas, como o caso do Raelismo e da Cientologia, esta última contando com a participação efetiva de vários astros famosos de Hollywood, como Tom Cruise e Will Smith. Da literatura à música, o neopaganismo (uma insidiosa mistura de filosofias esotéricas recentes, cujos pilares encontram-se em tradições muito mais antigas) ganha força a cada dia, subvertendo os valores cristãos e tentando criar uma sociedade efetivamente erradicada de qualquer vestígio da espiritualidade e moral cristãs. Fora as sociedades de magia que eclodiram nos EUA desde a década de 50, aos cultos satanistas (como o de Anton LaVey, o fundador da “Igreja de Satanás”), e ao retorno do fascínio pela bruxaria (de acordo com alguns dados, entre os 10 livros mais vendidos do mundo nos útimos 50 anos, atrás apenas da Bìblia, estão alguns de magia ou com temática ocultista, como Harry Potter, de J. K. Rowling). Veja o gráfico abaixo:

Top 10 livros mais vendidos no mundo

Fonte: Top 10+

Estaremos postando, a partir de hoje, uma série de artigos com infográficos, vídeos e referências bibliográficas, que mostram o avanço desse novo fenômeno espiritualista, ao qual chamamos de neopaganismo. Veremos o porquê de sua penetração social, principalmente entre os jovens. Quais suas fontes? Em que se baseia a mensagem espiritualista pagã de nossos dias? Por que temáticas como vampirismo, magia negra, necromancia, demonologia e sociedades secretas estão praticamente onipresentes em toda a indústria do entretenimento? Quais os efeitos a médio e longo prazo desta “descristianização” do Ocidente? Por que alguns estudiosos já falam em um período “pós-critão”? E, nesse primeiro post, apresentamos dois vídeos de um documentário alemão sobre o neopaganismo na cultura pop. Trás informações inéditas sobre a simbologia ocultista presente nos trabalhos de alguns dos mais famosos ídolos pop dos séculos XX e XXI. Veremos também, nos vídeos abaixo, quais os significados das mensagens ocultistas empregadas em clipes, músicas, filmes e seu objetivos subliminares. Estaremos desvelando a influência neopagã na cultura pop, desde suas raízes, até seus objetivos, expostos por alguns de seus maiores ícones aqui, no blog Fatos em Foco. Esteja atento e divulgue estas informações, principalmente a grupos e estudos bíblicos, pesquisas teológicas e a todos aqueles que têm interesse em expor as nefastas faces do ocultismo renascido em nossos dias.

Ocultismo e cultura pop: o legado do bruxo Aleister Crowley.

Ocultismo e cultura pop:  mensagens ocultas.

OBS.: para mais informações sobre o assunto, basta clicar, no menu do blog (logo acima), na categoria “Misticismo e Ocultismo na História”. Todos os posts do blog, com esta temática, serão mostrados pela ordem da data em que foram publicados.

A “religião da não-religião”: um dos pilares agnósticos do cientificismo atual

Se você é um ávido seguidor deste blog, você já está ciente que um dos objetivos para se instaurar a Nova Ordem Mundial é destruir as religiões existentes para a implantação de uma “religião mascarada de não-religião”, mas que terá sua “base” no ocultismo. Um artigo publicado no site Veja.com, intitulado por “Não acreditar em Deus é um atalho para a felicidade”, mostra a visão de Sam Harris, filósofo e neurocientista americano, que propõe a criação de uma ‘ciência da moralidade’ para acabar de uma vez por todas com a influência da religião. Isso não lhe parece familiar?

Leia um trecho do artigo:

Quando o filósofo americano Sam Harris soube que o atentado ao World Trade Center em Nova York (Estados Unidos), no dia 11 de setembro de 2001, teve motivações religiosas, a briga passou a ser pessoal. Harris publicou em 2004 o livro A Morte da Fé (Companhia das Letras) — uma brutal investida contra as religiões, segundo ele, responsáveis pelo sofrimento desnecessário de milhões. Para Harris, os únicos anjos que deveríamos invocar são a ‘razão’, a ‘honestidade’ e o ‘amor’. Ao entrar de cabeça em um assunto tão delicado, o filósofo de 43 anos conquistou uma legião de inimigos e deu início a uma espécie de combate literário. Em resposta à repercussão de seu primeiro livro, que levou à publicação de livros-resposta sob as perspectivas muçulmana, católica e outras, os ataques de Harris à fé religiosa continuaram em 2006, com o lançamento do livro Carta a Uma Nação Cristã (Companhia das Letras). Agora, Harris tenta utilizar a razão e a investigação científica para resolver problemas morais, sugerindo a criação do que ele chama de “ciência da moralidade”.
 
Veja: Por que a ciência deveria ditar o que é certo e o que é errado? 

Harris: Temos que reconhecer que as questões morais possuem respostas corretas. Se o bem-estar humano surge a partir de certas causas, inclusive neurológicas, quer dizer que existem formas certas e erradas para procurar a felicidade e evitar a infelicidade. E se as respostas corretas existem, elas podem ser investigadas pela ciência. Chamo de ciência o nosso melhor esforço em fazer afirmativas honestas sobre a natureza do mundo, tendo como base a razão e as evidências.

Veja: O que é a ciência da moralidade e o que ela quer conquistar? 

Harris: É a ciência da mente humana e das variáveis que afetam a nossa experiência do mundo para o bem ou para o mal. Ela pretende discutir, por exemplo, o que acontece com mulheres e garotas que são forçadas a utilizarem a burca [vestimenta muçulmana que cobre todo o corpo da mulher]. São efeitos neurológicos, psicológicos, sociológicos que afetam o bem-estar dos seres humanos. Com a burca, sabemos que é ruim para as mulheres e para a sociedade. Se metade de uma sociedade é forçada a ser analfabeta e economicamente improdutiva, mas ter quantos filhos conseguir, fica óbvio que essa é uma estratégia ruim para construir uma população que prospera. O objetivo é entender o bem-estar humano. Assim como queremos fazer convergir os princípios do conhecimento, queremos que as pessoas sejam racionais, que avaliem as evidências, que sejam intelectualmente honestas e que não sejam guiadas por ilusões. A Ciência da Moralidade pretende aumentar as possibilidades da felicidade humana.

Veja: Se o senhor tivesse a chance de se encontrar com o Papa para um longo e honesto bate-papo, qual seria sua primeira pergunta?

Harris: Gostaria de falar imediatamente sobre o escândalo do estupro infantil dentro da Igreja Católica. Acho que o Papa é culpável por tudo que aconteceu. A evidência nesse momento sugere que ele estava entre as pessoas que conseguiram fazer prolongar o sofrimento de crianças por muitos anos. Acho que ele trabalhou ativamente para proteger a Igreja do constrangimento e no processo conseguiu garantir que os estupradores tivessem acesso às crianças por décadas além do que deveria ter sido. O Papa deveria ser diretamente desafiado por causa disso. Contudo, é algo que seu status como líder religioso impede que aconteça. Ele nunca seria protegido dessa forma se ele estivesse em qualquer outra posição na sociedade. Imagine o que aconteceria se descobrissem que o reitor da Universidade de Harvard [uma das universidades americanas mais respeitadas do mundo] tivesse permitido que empregados da universidade estuprassem crianças por décadas e ele tivesse mudado essas pessoas de departamento para protegê-las da justiça secular? Ele estaria na cadeia agora. E isso é impensável quando se fala do Papa. Isso acontece por que nos ensinaram a tratar a religião com deferência.

Conclusão

Até a segunda pergunta tudo bem, pois sempre ficou evidente a popularização do ateísmo no mundo de hoje. O que chama a atenção é o fato de usarem o termo “ciência da moralidade”. Não seria mais ou menos isso um dos planos da Nova Ordem Mundial?  Remover as religiões do mundo substituindo-as por outra com um aspecto diferente? Veja que ele cita os casos de pedofilia que têm sido descobertos na Igreja Católica recentemente para sustentar sua ideia, o que será um dos argumentos possivelmente mais utilizados quando o anticristo instaurar sua religião. De fato, os casos de pedofilia são horríveis e precisam ser expostos, no entanto esse casos, assim como outros, têm apenas ajudado a empurrar a agenda da Nova Ordem Mundial, “degradando” a imagem da “religião” no consciente e subconsciente, o que nos faz pensar sobre a real procedência deles. Até que ponto os Illuminati seriam capazes para trazerem sua Nova Ordem?

Fonte: KiP

Documentário: “Aquarius – A Era do Mal” (VÍDEOS)

O documentário Aquarius: The Age of Evil, examina a história da nova ordem mundial. Demonstra que a nova ordem mundial é a Nova Era orientada. Os filmes e movimento Zeitgeist são expostos e evidênciadas suas ligações com a Nova Era, a Teosofia, a Maçonaria e os movimentos da nova ordem mundial. Abrange Benjamin Creme, Maitreya, a histeria fabricada pela elite mundial sobre 2.012 e os desinformadores da Nova Era que se infiltraram no movimento patriota pela verdade. O filme investiga como a Bíblia prediz a vindoura maligna nova ordem mundial, bem como aborda os Illuminati, a admissão de George Washington sobre a responsabilidade e envolvimento dos Illuminati na Revolução Francesa e Americana, o iluminismo, Share-International, as fundadoras Nova Eristas da Teosofia e Luciferianas Alice Bailey, Madame Helena Petrovna Blavatsky, Annie w. Besant, a Sociedade Teosófica, Lucis Trust, a Maçonaria mundial, comunismo, socialismo e muito mais. Desmascarados através de suas opiniões e ensinamentos públicos por Jordan Maxwell, David Icke, Peter Joseph, e D. M. Murdock (Aka Acharya S).

Entrevistas com Constance Cumbey, Scott Dr. Johnson, Chris White. Produzido e dirigdo por Keith Thompson e Eric Brame.


Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 5


Parte 6


Parte 7


Parte 8


Parte 9


Parte 10

Fonte: Paulo79Br